Introdução à tecnologia de tradução: Ferramentas CAT, Tradução automática e Pós-edição

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O que é uma ferramenta CAT? O que significa pós-edição? Existem muitos termos técnicos diferentes que são usados no setor de idiomas e traduções. Nesta postagem de blog, oferecemos um resumo sobre o que são esses principais elementos, como eles são usados e o que você pode precisar saber ao trabalhar em um projeto de tradução.

Ferramentas CAT

Ferramentas de Tradução auxiliada por computador (CAT) usam software para auxiliar ou ajudar os tradutores humanos em projetos de tradução. Ao usar o processamento informatizado para automatizar várias tarefas envolvidas na tradução de idiomas, as ferramentas CAT podem ajudar os tradutores a trabalhar de maneira mais eficiente.

Como funcionam as ferramentas CAT? A tradução auxiliada por computador normalmente envolve memórias de tradução (TM), ou bancos de dados que armazenam unidades previamente traduzidas do(s) texto(s) em questão. Usar uma ferramenta CAT para armazenar, recuperar e comparar essas unidades de texto com um novo conteúdo permite que um tradutor identifique onde as traduções anteriores podem ser reutilizadas e onde uma nova tradução deve ser feita. As ferramentas CAT podem estar em um computador local ou na nuvem.

Outras ferramentas informatizadas que servem como subsídios em uma tradução incluem gerenciadores de terminologia, corretores ortográficos e revisores gramaticais, dicionários eletrônicos e muito mais.

As ferramentas CAT ajudam os tradutores a economizar tempo, aumentar a produtividade e precisão e garantir o uso consistente de estilos de expressão, especialmente em projetos longos ou altamente técnicos. Da perspectiva do cliente, o uso de ferramentas CAT significa um maior custo-benefício, menores prazos de entrega e um gerenciamento mais fácil—por exemplo, simplicidade para que os editores publiquem e mantenham o mesmo conteúdo online em diferentes idiomas.

Aqui estão alguns exemplos das principais ferramentas CAT:

  • Memsource (na nuvem)
  • SDL Trados Studio (local)
  • Smartcat (na nuvem)
  • memoQ (local)

Tradução automática

 Então as ferramentas CAT e a tradução automática são a mesma coisa? Esse é um equívoco comum. Na verdade, a tradução automática (MT) usa um programa de computador para traduzir automaticamente um texto de um idioma para outro sem envolvimento humano.

Em termos gerais, a tradução automática utiliza o aprendizado de máquina e a inteligência artificial para receber dados de um texto, comparar esse texto com um banco de dados e produzir um resultado desse texto no idioma de destino. Mais especificamente, a MT pode ter três tipos de abordagens de tradução:

  • Com base em regras: A máquina usa regras de linguagem, normas gramaticais e léxicos para analisar e traduzir o texto.
  • Estatística: A máquina usa algoritmos para explorar um vasto conjunto de dados de traduções humanas, “caçando” a tradução mais estatisticamente provável do texto.
  • Neural: A inteligência artificial e as redes neurais da máquina “aprendem” ao traduzir, estimando e gerando a melhor sequência de palavras para uso.

Motores de tradução automática mais modernos combinam uma ou mais dessas abordagens. Os principais motores de MT de hoje, todos eles usam a tradução neural, incluindo produtos de gigantes da tecnologia como Google Translate, Bing Translate, e Amazon Translate, junto com entidades consolidadas como DeepL e SYSTRAN. Na Trusted Translations, avaliamos cuidadosamente cada projeto de tradução para determinarmos o motor mais adequado, caso a caso.

Um tradutor pode usar a tradução automática para obter um resultado inicial (como um rascunho) em várias situações: por exemplo, em um evento ao vivo que exija resultados quase instantâneos; para acelerar processos, como legendagens; ou para dar o ponto de partida em projetos extremamente grandes. Contudo, a tradução automática não deve ser usada como um serviço independente. Embora os clientes de traduções possam se sentir atraídos por seu potencial de menores custos, maior velocidade e acesso a uma ampla gama de idiomas do mundo, as traduções automáticas devem, de preferência, ser constantemente editadas por humanos para garantir qualidade e precisão.

Pós-edição

Na pós-edição, os tradutores humanos editam as traduções automáticas após elas serem geradas, com o objetivo de criar traduções finais utilizáveis. Os tradutores utilizam as ferramentas CAT para comparar a tradução automática com o texto de origem e avaliar sua qualidade. Depois disso, eles corrigem a tradução automática, deixam ela como está ou traduzem novamente do zero.

Níveis diferentes de pós-edição permitem que empresas de tradução como a Trusted Translations personalizem os serviços de acordo com as necessidades do cliente:

  • Pós-edição leve e rápida: O editor faz edições mínimas com foco nas correções críticas (como erros claros de semântica, gramaticais e ortográficos) e na legibilidade geral. Isso prioriza o custo e a velocidade, ou pode ser usado se a tradução automática já for decente o suficiente.
  • Pós-edição completa ou pronta para publicação: A pós-edição completa leva o texto ao nível de um projeto de tradução humana total, fazendo uso de edições amplas para polir detalhes de estilo, consistência e tom. Esse nível exige mais tempo, mas produz resultados da mais alta qualidade.

Independentemente do nível escolhido, a pós-edição é uma etapa absolutamente necessária em um processo de tradução que empregue a tradução automática (MT). A tradução automática normalmente produz frases truncadas, terminologia incorreta ou inconsistente e resultados que não soam naturais, os quais devem ser revisados por tradutores reais, especialmente se o tom, a emoção e o contexto forem cruciais à compreensão. Os clientes de traduções devem contratar pós-editores humanos conceituados que possam garantir traduções com qualidade consistente, sem erros gerados por máquinas que podem ser, no final das contas, extremamente onerosos, constrangedores ou tempo desperdiçado.

Foto de Miguel Á. Padriñán no pexels.com